Um Novo Saber

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A QUESTÃO ECOLÓGICA DA COMUNICAÇÃO

Dra Maria Angela Coelho Mirault

Aparentemente, a complexidade que envolve a problemática da comunicação não é percebida pelo censo comum do cidadão urbano. Liga-se a tevê, o rádio, se aceita o folheto, o semanário, submete-se à ostensiva propaganda publicitária  imposta pelas muralhas de outdoors e toca-se  a vida.
Aparentemente, nos consideramos imunes aos conteúdos, às mensagens que subliminarmente invadem, contaminam nosso cotidiano e afetam nossa saúde.
A complexidade da problemática da comunicação, contudo, não é um problema dos entendidos, dos estudiosos e acadêmicos; é um problema coletivo com implicações ecológicas, que tem início na pessoa, no cidadão, em seus direitos, mas, também, na salvaguarda de sua individualidade.
Por enquanto, somos todos vítimas de um massacre da publicidade caótica de informações midiatizadas. Quem não se confrontou com suas limitações estéticas e econômicas frente a determinados conteúdos publicitários, certas “verdades” informacionais?
O que dizer da publicidade que se dirige à criança como alvo do seu assédio? Abusiva, naturalmente, porque a criança, embora seja altamente convincente ao pedir, e, muitas vezes, em exigir dos adultos, não é consumidora, não tem juízo de valor, de seleção e opção do que pode ou deve consumir.
De certo que vivemos em um mundo hostil que nos exige desfrutar de coisas que não queremos, não devemos, e, na maioria das vezes, não precisamos. Despreparados, quando muito, nos deparamos com a vitimização de nossa integridade mental, nossa capacidade de distinguir e optar pelo que nos convêm em detrimento da passividade do consumismo desenfreado com que nos deixamos capitular.
O conflito diário proporcionado pela falta de discernimento, entre o que podemos e devemos adquirir e o volume do que nos é apresentado do que não podemos e não devemos consumir, vai se processando sutilmente, avolumando-se em nossa psiquê, transformando-nos em hordas de frustrados consumistas, aos quais - como escape - só resta a aquisição do produto similar, do falsificado, ou ao cometimento do araquiri da aquisição, em suaves e intermináveis prestações, de um bem muito além das possibilidades reais de consumo.
Na verdade, a questão do conteúdo da informação veiculada, indiscriminatoriamente, pela mídia de massa, não é uma questão de somenos importância, na atualidade. Trata-se, sim, de uma questão ecológica.
Ernest Haeckel, já em 1870, definiu por ecologia o estudo das inter-relações entre organismos e o seu meio físico. A esta ciência cabe a investigação de toda a relação entre o animal e seu ambiente orgânico. Sabe-se que nenhum organismo, seja ele uma bactéria, um fungo, um verme, uma ave e o próprio homem, pode existir sem interagir com outros e no ambiente físico no qual se encontra inserido. Ao lugar em que se dá essa interação e troca de energias dá-se o nome de ecossistema, ou seja, determinado local onde ocorrem todas as inter-relações dos organismos entre si, com seu meio ambiente.
Somos seres ecológicos e vulneráveis ao ecossistema das cidades. Nosso habitat é o ambiente físico onde ocorrem essas trocas de informações e apropriações de conteúdos simbólicos. Não fomos nem somos preparados para essa percepção ecológica de vulnerabilidade semiótica a que estamos submetidos, às vezes, subsumidos.
Sintomáticos, reconhecemos os efeitos, mas não conhecemos as causas desse mal estar contemporâneo. A depressão, esse mal do século que coloca o indivíduo em conflito consigo mesmo é retroalimentada pela incapacidade palpável de se alcançar os limites dos apelos que a publicidade impõe. Se não se é (e não se pode ser) tão belo, ou magro, ou rico, ou jovem, como fazer para se ter sucesso e poder desfrutar da mágica de “Truman”, que o conteúdo da mensagem publicitária, convincentemente, nos faz acreditar?
Como continuar vivo, depois dos cinqüenta, quando o “mundo da publicidade” afirma só ser possível aos 15, 30, 40 anos?
O que mais nos preocupa é que a capacidade crítica de discernimento entre o que é real e o mundo irreal e fictício simbolizado pela mídia, não é despertada aleatoriamente. O ser humano, organismo vivo submetido a um ecossistema social de interação, vulnerável e afetável, semioticamente, precisa sobreviver e preservar a sua integridade e a de sua espécie, ou seja, persistir em continuar sendo gente, pessoa, apesar de todos os apelos que lhe determinam o contrário. E isso se aprende, se exercita, se reconhece necessário.
Uma educação ecológica para a mídia é uma necessidade que se impõe. Exercer a prática do debate crítico dos conteúdos, proporcionar meios para o desenvolvimento de análises de todas as mensagens mídiáticas: jornalísticas, televisuais, cinamatográficas, publicitárias, na escola e em casa, é uma tarefa emergente nos dias atuais. Por uma simples questão de sobrevivência, integridade ecológica e terapêutica para nossas curas, ensinando-nos a viver, mesmo submetidos ao ambiente caótico de informações, sem que capitulemos, resgatando-nos de nós mesmos, da vergonha que temos de não sermos tão bonitos, ou tão jovens, ou tão ricos como querem nos imputar.
Esse o grande desafio ecológico do ser urbano, nos dias atuais. Com a palavra os educadores, os políticos, os terapeutas.

COSMOVISÃO - COMO PERCEBEMOS E AGIMOS NO MUNDO

Dra. Maria Ângela Coelho Mirault

Dentre as inúmeras descobertas da Física moderna, a conclusão de que o universo é composto por mais de 90% de matéria "invisível" talvez seja a que melhor nos auxilie no sentido de entender a temática que se apresenta.
A realidade não é o que está fora de nós. A realidade, o "mundo", os outros e o eu fazemos parte de um mesmo e complexo sistema, cada qual se constituindo também em um sistema em si, que interage - e que se deixa interagir - alterando-se mútua e constantemente. O mundo como totalidade e representatividade do que é real para nós é inapreensível aos limitados sentidos humanos, inaptos por natureza a percebê-lo em toda sua inusitada complexidade, não havendo, portanto, uma realidade totalizadora, uma verdade absoluta e unificadora, ou um saber confinado e definido universalmente.
Sob essa análise, o próprio conceito de totalidade é uma abstração limitadora e um equívoco epistemológico originado nas concepções provisórias e incompletas que o homem tem de si e do mundo.
Assim, toda abordagem da realidade é pessoal, incompartilhável e única. Não percebemos as mesmas coisas, não compreendemos do mesmo modo, e nos expressamos sempre de maneira original. Nossa realidade é circunscrita à cosmovisão que possuímos com relação ao todo, abrangendo sobremaneira também nossa concepção de gente. É essa visão particular da realidade e que chamamos por cosmovisão que nos auxilia a organizar o caos circundante, nos aquietando frente ao desconhecido e aplacando-nos o medo. Percebemos, apreendemos, expressamos e suportamos o mundo pela filtragem da cosmovisão que temos de tudo.
Na verdade, estamos o tempo todo recodificando e reconfigurando nossos conhecimentos sobre tudo e sobre todos, em todos os dias, em todas as horas e a cada experiência. Qualquer tentativa de compreensão e expressão do mundo constitui-se teias de significações particulares que temos – sempre provisoriamente – sobre todas as coisas que, de algum modo, destacou-se do caos e nos afeta.
Nesse contexto, o aprendizado é uma tarefa individual e resultante do esforço e da vontade pessoal de organização e sobrevivência. Ninguém tem o poder ou a capacidade de ensinar, mas sim o potencial de promover em si a aprendizagem de que necessita para se manter vivo, em contínuo processo de metamorfose e acomodação de sistemas prévios. À medida que vamos adquirindo novas informações, passamos por experiências novas, reconfiguramos permanentemente todo nosso repertório de conhecimentos anteriores, o qual, reelaborado, amplia nossas concepções sobre tudo, alterando-nos a cosmovisão, e, conseqüentemente, nossa relação com coisas e pessoas, sempre vulnerável a novas aquisições e complementações futuras. Desse modo, somos hoje diferentes do que fomos ontem, ou agora, tanto quanto o seremos amanhã, ou daqui a 1000 anos, por exemplo.

Educação para o consumo consciente e responsável

Dra. Maria Angela Coelho Mirault

O consumismo é o senhor absoluto do desperdício. Consome-se mais pela representação – pelo simbólico - do que pelo conteúdo em si. A propaganda “só na casa do Pedrinho...” é um exemplo da utilização do personagem infantil, para a indução de venda de um produto de consumo do adulto. Não cabe à criança escolher e decidir por uma marca, ou um produto; ao adulto responsável pela condução da infância, cabe essa opção. O ensino pedagógico do consumo consciente é uma necessidade ecológica e deveria ser um dos parâmetros de todo o programa de educação na infância. Esse indivíduo, assim educado, respeitará os limites do possível, do necessário e da utilidade. Será senhor do seu consumo, dono de suas escolhas, livre em suas decisões. Quem sabe, essa reflexão proposta pelo ministro não nos seja útil para um novo despertar de nossa condição humana e cidadã, inseridos em um mundo que exigirá de todos nós novos hábitos, novos caminhos, novas escolhas?
Parece óbvio, mas não é. Há muito que a criança vem sendo alvo da má publicidade de produtos, apesar de não ser consumidora. Influindo no processo de venda e compra junto aos adultos, acaba por impor sua vontade na decisão da família, tornando-se, com a prática, uma consumista contumaz e totalmente alienada do seu próprio referencial de mundo, de coisas e pessoas.
O consumista é o indivíduo que, guiado pela emoção, abdicado de sua capacidade de discernir e de sua liberdade de escolha consome, desenfreadamente, o produto ou o serviço que não precisa, mas que deseja, por imposição de outro. Esse outro pode ser um indivíduo, ou uma cativante mensagem publicitária. Mas, acima de tudo, um outro que é ele mesmo e que permanecerá em conflito consigo próprio em todas as situações em que se exponha ao hábito e à prática de um possuir desequilibrado, vítima de si, pela vontade de ter aquilo que não teria condições de adquirir. O consumismo é o senhor absoluto do desperdício. O desperdício é, de certo modo, uma prática irrefletida, inconsciente e inconseqüente, que denota imaturidade, incompetência e alienação, além de constituir uma afronta social.
Consome-se mais pela representação – pelo simbólico - do que pelo conteúdo em si. Um carro não é mais um veículo de locomoção, sua marca revela um poder e um status nem sempre coerente e condizente com os recursos do seu usuário. A grife exposta no produto fala mais do que a própria indumentária, o acessório.
Em contrapartida, tem surgido no mundo, um outro grupo de pessoas que, ao invés de abdicar do seu direito de escolha e de sua capacidade de discernimento, faz o caminho contrário. São os praticantes do consumerismo, um movimento que busca desenvolver uma consciência sobre os males do consumo alienado, em prol de uma prática de consumo consciente e responsável, com vistas ao bem comum. A esse movimento, filiam-se pessoas que podem, mas optam por não consumir aleatoriamente. Surgido nos Estados Unidos há mais de quarenta anos, iniciou-se com a edição da revista Consumer Reports, sem intenção comercial. Elaborada por um grupo de voluntários, com o auxílio de analistas, publica o resultado dos testes de numerosos produtos, compara marcas e orienta o comprador sobre aspectos técnicos e jurídicos.
Em nosso país, o Código de Defesa do Consumidor veda ao público infantil a comercialização de produtos, considerando que a criança não tem capacidade de avaliação, negociação nem decisão na compra. Ela não tem recursos próprios para isso, é dependente do mundo adulto. Desse modo, a publicidade que lhe tem como alvo é enganosa e passível de penalização pelos próprios órgãos de auto-regulamentação publicitária, o próprio CONAR.
Recentemente, o ministro da saúde, iniciou um debate, que vale a pena ser acompanhado, ao propor que a publicidade de produtos comestíveis tenha restrição de horário para veiculação. Sua justificativa: a criança é alvo fácil desse tipo de mensagem publicitária. Ou seja, age como intermediária da decisão do adulto. Põe em risco sua saúde e adoece consumidora de fast food.
A propaganda "só na casa do Pedrinho..." é um exemplo da utilização do personagem infantil, para a indução de venda de um produto de consumo do adulto. Quem não conhece o poder de convencimento de uma criança para satisfazer um desejo? É com esse poder de indução que as empresas contam ao pagarem a criatividade dos agentes publicitários que melhor saibam usar esse recurso de venda.
A infância vai sendo, então, confrontada por pseudo-necessidades, sub-repticiamente, lastreando a formação de um caráter consumista e insatisfeito, gerando pessoas frustradas pela incapacidade vigente de satisfazer esse ou aquele desejo de posse e possuir esse ou aquele produto de marca.
Não cabe à criança escolher e decidir por uma marca, ou um produto; ao adulto responsável pela condução da infância, cabe essa opção. Vedar as mensagens publicitárias intencionalmente dirigidas ao público infantil seria uma atitude saneadora que preservaria a infância como o momento de vida de vir a ser, de construção de um caráter cidadão e desalienado. O ensino pedagógico do consumo consciente é uma necessidade ecológica e deveria ser um dos parâmetros de todo o programa de educação na infância. A criança que aprende a consumir, guiada pelo bom senso do adulto, será o cidadão que saberá utilizar com economia os recursos comuns de toda a sociedade, imperativo, este, de um futuro que já chegou. Esse indivíduo, assim educado, respeitará os limites do possível, do necessário e da utilidade. Tornar-se-á capaz de lidar com a adversidade, suas possibilidades e seus desejos. Será senhor do seu consumo, dono de suas escolhas, livre em suas decisões.
Quem sabe, essa reflexão proposta pelo ministro não nos seja útil para um novo despertar de nossa condição humana e cidadã, inseridos em um mundo que exigirá de todos nós novos hábitos, novos caminhos, novas escolhas?

A (má) influência da mídia e nossa integridade ecológica

Dra. Maria Angela Coelho Mirault
            Poucos podem ter reparado, mas não pude deixar de observar, e, de certo modo, constatar, que a exposição publicitária de uma empresa comercial de produtos eróticos, que invadiu agressivamente nosso cotidiano no final do ano (2009), anunciou-se, na semana antecedente à Páscoa (não vi, agora, para o Dia das Mães), pelos outdoors, em nossa cidade, de forma mais comportada, sem pipius, ou qualquer outro bichinho metaforizado e suas dúbias mensagens. Dessa vez a imagem do coelhinho cumpliciava-se à universal letra da música infantil: “coelhinho da Páscoa que trazes pra mim?”, sugerindo, certamente, como presente, uma saudável cenoura. Menos mal. De igual modo, ao contrário do que ocorreu ano passado, nesta época, a homenagem de um deputado dirigida às mães (TRE, já pode?), traz em substituição de sua foto, a imagem mais adequada de uma mulher com uma criança nos braços. Pois bem, devo reconhecer estes cuidados, como conquista desse espaço oferecido ao leitor, por este jornal. De alguma forma, gostando ou não, vamos influindo, como educadores que somos – todos - uns dos outros, ao provocarmos reflexões até mesmo com nossas indignações.
Aparentemente, a complexidade que envolve a problemática da avalanche informacional a que somos submetidos cotidianamente não nos é percebida como uma questão de sobrevivência ecológica. Ligamos a tevê, o rádio, passamos, distraidamente, pelos outdoors, submetidos inexoravelmente à ostensiva propaganda publicitária. Assim, tocamos a vida, como se pudéssemos vivê-la – e a vivêssemos - imunizados a toda essa influência midiática, que invade e agride, muitas vezes, nossa integridade física, psicológica e cidadã.
A miditiazação da informação (qualquer que seja) é, mais do que nunca, um problema que afeta a todos nós. O conflito diário proporcionado pela falta de discernimento, entre o que podemos - ou não - e devemos – ou não - adquirir e o volume do que nos é apresentado, vai-se processando sutilmente, avolumando-se em nossa psiquê. Transformados em hordas de frustrados consumistas, vamos mensalmente cometendo o araquiri da aquisição de um bem muito além das possibilidades reais de consumo, ou, ainda, utilizando-nos da substituição do verdadeiro pelo falsificado. Quem não se confrontou com suas limitações estéticas e econômicas frente a determinados conteúdos publicitários, certas verdades informacionais? E nessa economia boazinha e feliz, tudo pode ser comprado, por meio do financiamento de intermináveis prestações; da pajero ao cachorro-quente. E se todo mundo pode, e se todo mundo tem, por que não nós? E dá-lhe crédito; toma financiamento; vai cartão.
De certo que vivemos em um mundo hostil, adolescentizado, que nos exige desfrutar de coisas que não queremos, não devemos, e, na maioria das vezes, não precisamos e nem podemos ter. Despreparados, quando muito, nos deparamos com a vitimização de nossa integridade mental, nossa capacidade de distinguir e optar pelo que nos convêm em detrimento da passividade do consumismo desenfreado com que nos deixamos capitular.
Sintomáticos, reconhecemos os efeitos, mas não conhecemos as causas desse mal estar contemporâneo. A depressão - esse mal do século que coloca o indivíduo em conflito consigo mesmo - é retroalimentada pela incapacidade palpável de se alcançar os limites dos apelos que a publicidade impõe. Se não se é (e não se pode ser) tão belo, ou magro, ou rico, ou jovem, como fazer para se ter sucesso e poder desfrutar da mágica que o conteúdo da mensagem publicitária, convincentemente, nos faz acreditar? Como continuar vivo, depois dos cinqüenta, quando o mundo da publicidade afirma só ser possível ser feliz aos 15, 30, 40 anos? O que dizer da publicidade que se dirige à criança como alvo do seu assédio? Abusiva, naturalmente, porque a criança, embora seja altamente convincente ao pedir, e, muitas vezes, em exigir dos adultos, não é consumidora, não tem juízo de valor, de seleção e opção do que pode ou deve consumir. É, portanto, enganosa, chantagista; violenta e interfere no trato familiar.
A complexidade da problemática da midiatização da informação é um problema coletivo com implicações ecológicas, que tem início na pessoa, no cidadão, em seus direitos, mas, também, na salvaguarda de sua individualidade, principalmente, naquele que passa pela infância e sua família, ou seja, na educação.
Quando afirmo tratar-se de uma questão ecológica, recorro ao entendimento da ecologia como a ciência que tem por objeto o estudo das inter relações entre organismos e o seu meio físico, cabendo-lhe investigar toda a relação entre o animal e seu ambiente orgânico. Assim, nenhum organismo - seja ele uma bactéria, um fungo, um verme, uma ave e o próprio homem - pode existir sem interagir com outros e no ambiente físico no qual se encontra inserido. Ao lugar em que se dá essa interação e troca de energias dá-se o nome de ecossistema, ou seja, determinado local onde ocorrem todas as inter relações dos organismos entre si, com seu meio ambiente. Somos, portanto, seres ecológicos e vulneráveis ao ecossistema do qual somos integrantes e interativos. Nosso habitat é o ambiente físico, mas também, o ecossistema semiótico – o mundo dos signos - onde ocorre essa troca e apropriação de conteúdos simbólicos. Não fomos nem somos preparados para essa percepção ecológica de vulnerabilidade semiótica a que estamos submetidos, e, às vezes, subsumidos, no tempo e no espaço do nosso cotidiano.
Na verdade, a questão do conteúdo da informação veiculada, indiscriminadamente, pela mídia (de massa, ou não), não é uma questão de somenos importância, na atualidade. Trata-se, sim, de uma questão ecológica, para a qual estamos inadaptados e despreparados. O que mais nos preocupa é que a capacidade crítica de discernimento entre o real e o fictício simbolizado pela mídia há que ser aprendido. O ser humano, organismo vivo submetido a um ecossistema social de interação, vulnerável e afetável, semioticamente, precisa sobreviver e preservar a sua integridade e a de sua espécie, ou seja, persistir em continuar sendo gente, pessoa, tal como seja, apesar de todos os apelos publicitários e toda marketagem lhes determinarem o contrário. E isso tem de ser aprendido. Isso tem de ser exercitado. Isso tem de ser reconhecido necessário, pela família, pela escola, pela sociedade.
Uma educação ecologicamente semiótica para que estabeleçamos um diálogo pessoal e saudável com a mídia é uma necessidade que se impõe, à sociedade atual. Exercer a prática do debate crítico dos conteúdos, proporcionar meios para o desenvolvimento de análises de todas as formas em que as mensagens mídiáticas nos alcancem: jornalísticas, televisuais, cinamatográficas, publicitárias, na escola e em casa, é uma tarefa emergente. Por uma simples questão de sobrevivência, integridade ecológica e terapêutica para nossas curas, ensinando-nos a viver, mesmo submetidos ao ambiente caótico de informações, sem que capitulemos, resgatando-nos de nós mesmos, da vergonha que temos, por não sermos tão bonitos, ou tão jovens, ou tão ricos como querem os apelos midiáticos nos imputar.




MARIA ANGELA COELHO MIRAULT PINTO
Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo
Integrante do Núcleo Regional da Aliança pela Infância de Mato Grosso do Sul





VOCÊ E A ESCOLA DO SEU FILHO SABEM O QUE É BOM


Ângela Maria Costa*
 Maria Angela Coelho Mirault**

O ser humano não nasce pronto para a vida natural, e por isso é considerado ao nascer, o animal mais imaturo e dependente dentre todos os animais, porque apesar de nascer com pés e mãos e os sentidos da visão, audição e tato, como todos os outros animais, necessita de pelo menos oito anos de cuidados e atenção da mãe, da família ou de substitutos, para poder sobreviver, sem ajuda externa, em seu meio natural.
O filhote humano precisa, portanto, para manter-se vivo, imediato ao seu nascimento biológico, passar por um segundo nascimento e mergulhar num mundo sígnico, o mundo da cultura, que recebe como herança do grupo, do qual passa a fazer parte. É neste lugar que receberá todas as informações necessárias à sua adaptação à vida em sociedade.
Desde então, estará submetido aos (qualquer que seja) processos sociais de aprendizagem, que se instalam em um ambiente semiótico previamente organizado, sob o domínio de trocas de símbolos, de intenções, de padrões culturais e relações de poder.  Serão estes, que fornecerão os parâmetros de conduta com os quais, esse indivíduo pautará toda sua existência. Neste percurso, ao longo de toda uma vida, submeter-se-á aos valores vigentes sociais do seu grupo. 
Observa-se, então, que tudo se aprende aos poucos e é adquirido pela vivência de muitas e diversas situações de trocas entre seus iguais – quem sabe, ou domina, ensina. A educação natural tem seu maior exemplo na aprendizagem da língua materna, que apesar de sua complexidade é repassada (ensinada) pela mãe, no contato diário. Assim, também, são ensinados às filhas os costumes e as normas sociais (o modo de ser mulher), naquela determinada sociedade. Ao pai, durante esse processo, cabe a tarefa ancestral, dentre outras, de ensinar ao filho a polir a ponta da flecha, a pescar, a caçar... a aprender a ser homem.
Pode-se afirmar que todos nós, oriundos de uma tribo, ou de uma metrópole, nascemos de um meio físico (natural) para mergulharmos em um meio simbólico (cultural). Aprendemos, assim, muito cedo, um modo de falar, de ouvir e introjetar as crenças do nosso grupo. Arbitrariamente, porque se processa fora de nós, nossas percepções sobre o que é verdadeiro ou real são modeladas por esse mundo semiótico, traduzido, na maioria das vezes, por instituições manipuladoras dos signos da tribo a que pertencemos.
Com o tempo, e até para sobreviver, aprendemos a obedecer a um conjunto de abstrações verbais e não-verbais, que, aos poucos, vão se transformando em uma identidade ideológica, da qual ninguém estará imune, e que se derivarão os (nossos) preconceitos. A nossa cultura será a lente pela qual enxergaremos e entenderemos (ou não) o mundo a nossa volta e todos os outros mundos que se conectam com este.
Desse modo, podemos definir Educação como o conjunto de ações organizadas no interior de toda e qualquer sociedade com o objetivo de tornar os indivíduos biológicos aptos a viverem no mundo da cultura, sob as condições existentes, num certo momento e espaço definidos. Por isso, não se pode dizer que exista um padrão universal de Educação. A valoração que cada grupo social dá ao seu repertório cultural categorizará certo tipo de sujeito, constituirá as características mais marcantes de um povo. Sob essa valoração, no encontro e contato entre povos, alguns submeterão outros, fazendo da educação um recurso a mais de sua dominação.
Falar de Educação no mundo de hoje requer o entendimento do mundo em que estamos vivendo. O que deve ser valorizado como significativo na formação do homem desse terceiro milênio, serão os mesmos que serviram para os séculos anteriores?  E, nós, estamos nos preparando para nele sobreviver?
Estamos em meados de janeiro e muitos pais já escolheram a escola em que seus filhos irão estudar. Mas, será que essa escolha foi feita com plena consciência do que a escola pretende, ou pode e se propõe a fazer, para a preparação dos nossos filhos a viverem nesta segunda realidade? Será este ambiente cultural coerente com a formação que a família quer oferecer?
Muitas vezes, verifica-se apenas o espaço físico da escola: se está limpa, pintada, com mobiliário em perfeito estado; se o pátio é amplo; se é dotada de biblioteca, cantina, sala de informática. É mais comum do que se pensa, deixar-se em segundo plano o que realmente importa: qual a formação profissional do diretor e do professor responsável pela turma, e, mais ainda, que modelo de educação estará pautado na metodologia que será utilizada na aprendizagem?  Estas são questões cruciais dentro desse contexto cultural-escolar em que as crianças passarão, não apenas parte do dia, mas parte de suas vidas, porque todas essas pessoas, com suas crenças e com seus métodos, influenciarão significativamente no presente e no futuro de nossos filhos, forjarão suas personalidades, interferirão nas concepções de mundo e de vida que terão .
Não é o que dizemos às pessoas que conta; é o que conseguimos que elas façam. O que elas aprendem a fazer é a mensagem da aula, como diria McLuhan – “o meio é a mensagem”. A mensagem subliminar contida no fazer pedagógico cotidiano da escola e mediada pelo professor (com todas as suas crenças e preconceitos) é comunicada silenciosa e implacavelmente - com maior eficácia - através da estrutura de uma aula, assim como no papel que o aluno se submeterá, pelas regras do jogo verbal, pelos direitos e deveres implícitos, pelos atos que são valorizados, elogiados ou censurados.
As crenças, sentimentos e pressupostos são componentes da atmosfera que se respira num ambiente de aprendizagem, determinantes da qualidade de vida que se desenrola nesse mesmo ambiente. Quando o ar está poluído, o aluno é envenenado e as conseqüências são letais em sua alma, com reflexos imprevisíveis na sociedade.
De qualquer forma, não dá para arriscar em assunto tão sério. Afinal, estamos falando do homem de amanhã, daqueles que herdarão a Terra e que, por nossa causa, terão muito que fazer.


*Doutora em Educação – lamarc@terra.com.br
** Doutora em Comunicação e Semiótica – mariaangela.mirault@gmail.com.




terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Por que continuamos entre os piores?


Mais uma vez conseguimos nos classificar como um dos países que apresenta um dos piores resultados no ensino. Essa é a conclusão do exame internacional de Avaliação de Alunos (PISA), divulgada no último dia 5. Em uma relação de 65 economias mundiais avaliadas, ficamos no 53° lugar em qualidade da educação. Metade de nossos alunos possui apenas o grau mínimo em habilidade de leitura - os estudantes brasileiros pouco entendem do que lêem. Não conseguem ir além dos problemas básicos em matemática, além de só entenderem o óbvio em ciências! Quase a metade dos brasileiros avaliados alcançou o nível 1, e apenas 1,3% atingiu os níveis 5 e 6 em leitura. Em Matemática (ponto mais fraco) 69% chegaram ao nível 1 e somente 0,8% atingiu os níveis 5 e 6. Em Ciências 54% atingiram o nível 1 e apenas 0,6% atingiu os níveis 5 e 6! A evidência lógica é de que estamos reprovados; somos incompetentes e de que não sabemos ensinar!

 Essa avaliação submetida aos estudantes de 15 anos completos é realizada em cada 3 anos pela OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico em países membros da organização e alguns países convidados, tais como: Brasil, México, Argentina e Chile. O objetivo é ajudar os países a verificarem como seus sistemas educacionais estão em comparação global nos quesitos: qualidade, equidade e eficiência. Até que ponto os alunos próximos do término da educação obrigatória adquiriram conhecimentos e habilidades essenciais para a participação efetiva na sociedade. Isto é, verificar se esses jovens estão mesmo preparados para enfrentar os desafios do futuro. Se estão capacitados para analisar, raciocinar e comunicar suas idéias efetivamente. Se têm capacidade para continuar aprendendo pela vida toda.

Apesar desses índices medíocres, que revelam de uma vez por todas, o descaso com que a educação vem sendo tratada há décadas pelos nossos políticos (Educação é questão política), em nosso país, o resultado pífio foi comemorado. Comemorou-se o absurdo de ter conseguido alcançar a média geral de 401 pontos e subido 33 pontos da última avaliação. No entanto, os resultados vergonhosos para todo povo brasileiro, para todos nós educadores, demonstram que, comparados os resultados alcançados pelos países da América Latina, só conseguimos superar a Colômbia e a Argentina. Estamos, contudo, atrás do Chile, Uruguai e México e muito (muito) longe dos primeiros colocados: Xangai/China; Coréia do Sul; Finlândia; Hong Kong e Singapura, cujas médias estão em torno de 496 pontos
Mas por que eles conseguem e nós não?! Simples! Todos os países que ocupam os primeiros lugares colocaram a educação como prioridade nacional. Entendem que para ter qualidade na educação é fundamental, primeiro, dar uma atenção especial aos professores. melhores salários a professores dão mais resultados que turmas menores. Nenhum país de alto desempenho paga menos aos professores em comparação com a média de salários de outros profissionais com diploma de ensino superior. Na Coréia do Sul os alunos tiveram a sorte de estudar na melhor escola do país que tem o melhor ensino básico do planeta. Ali, todos os professores têm mestrado, são atualizados a cada dois anos e não permitem que o aluno passe um dia sequer sem entender a lição. Ganham o equivalente a R$ 10.500,00 por mês. Têm como fundamento da prática educativa, o entendimento de que se o aluno não aprende, o professor é que é reprovado.
Na Finlândia creditam o êxito na Educação à sólida formação docente. Os professores têm valorização e prestígio social. Todos têm cinco anos de formação e a maioria tem mais um ano de mestrado. Recebem o equivalente a R$ 8.300,00 e têm 13 semanas de férias ao ano. O consenso é: A qualidade de um sistema educacional não pode ser maior que a qualidade de seus professores.
Por aqui, estamos longe disso. Os professores recebem em média, R$ 1.500,00; ou seja,  menos 40% do salário de outros profissionais com o mesmo tempo de formação. As salas de aula são abarrotadas de estudantes e sofrem, ainda, o desprestígio, a desvalorização e o desrespeito da sociedade. Como atrair para esse mercado os jovens talentos? Quem quer ser professor hoje em dia?
Durante todo este ano tenho deixado registrado neste espaço o que penso sobre o tema educação. Sem o propósito de criticar pessoas, tenho feito algumas análises pessoais sobre este assunto, que faz parte do meu cotidiano profissional – sou professora e formadora de professores. Acredito que tenho o compromisso e a obrigação de assumir posições, afinal, as notícias veiculadas na mídia precisam ser refletidas. Tenho dito que não adianta alardear que MS está entre os oito melhores estados do Brasil em qualidade de educação. É mentira! Porque a premissa que baseia esses dados é falsa! Porque aqui ainda se acredita que, prédios, uniformes, tênis, mochilas, livros e materiais didáticos são requisitos indispensáveis para elevar o nível da educação. Educação como prioridade nacional é – investimento maior na área, valorização profissional (quem sabe o mesmo percentual de aumento de salário dos deputados e senadores?) e investimento em educação infantil de qualidade (com quem sabe o que faz).
 Afinal de que serve ser um dos melhores colocados em um país que está sempre entre os piores, ladeira abaixo?! É como correr na São Silvestre e ficar feliz, e soltar foguetes, porque se conseguiu, apenas, percorrer todo o circuito... e daí?!!

Drª Ângela Maria Costa

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A obrigatoriedade da educação a partir dos 4 anos

SOU A FAVOR DA OBRIGATORIEDADE DA EDUCAÇÃO
A PARTIR DOS 4 ANOS.

Partindo da premissa que:
·        Vivemos em um país pobre em que a criança é a maior vítima do descaso, do abandono e da violência.
·         A fome e a desnutrição ceifam milhares de vidas promissoras;
·         Apesar do esforço, o Brasil ainda ocupa o 90º lugar no ranking mundial de mortalidade infantil, apresentando um número bem mais alto de mortes na faixa etária de 0 a 5 anos do que o encontrado nos países desenvolvidos;
·         Em 2010 o índice de mortalidade ficou em 19,88, ainda muito superior comparado com os países de primeiro mundo: Suécia (2,7) e em países em desenvolvimento: Chile (6,48, Cuba (5,25), China (15,4), Argentina (12,8);
·        O atendimento as necessidades básicas da criança é um dever do estado e de toda a sociedade e que é urgente o fortalecimento da rede de proteção da infância brasileira;
·        As crianças brasileiras deixam de ser invisíveis somente quando entram na escola, porque passam a fazer parte de números;
·        Em 22 anos de Constituição não conseguimos resguardar o direito da criança -cidadã brasileira - a freqüentar uma instituição de educação (creche), quando surge a necessidade da família (apenas 7,4% das crianças das famílias mais pobres freqüentam creche);
·        A antecipação da obrigatoriedade do ensino vai obrigar os órgãos competentes a alocarem mais recursos para atender essa faixa etária, tanto para o educar como para o cuidar (alimentação e saúde);

·        Vai reacender a luta por creches para crianças de zero a 3 anos – Creche para Todos , porque é um direito constitucional (Apenas  20% das crianças brasileiras de 0 e 3 anos freqüentaram creches em 2009);

·        Vai obrigar a escola a se modificar para receber essas crianças, em que os temas: infância e direito de ser criança farão parte dos debates.

Sou favorável à entrada obrigatória das crianças de 4 anos na Educação Infantil, com seus direitos resguardados de ser criança e ter infância.

Drª Ângela Maria Costa
                         

sábado, 20 de novembro de 2010

QUEM SOMOS


Área pedagógica
Profa Dra Ângela Maria Costa - Consultora

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002); Mestre em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1994) e Pedagoga pela Universidade Católica Dom Bosco (1974).
É Professora Adjunta do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul desde 1987, atuando principalmente com os temas: avaliação, políticas públicas, educação infantil, formação profissional e formação continuada do professor da educação básica.
Fundadora da OMEP – Organização da Educação Pré-Escolar – Brasil/MS; Coordenadora da Aliança pela Infância – Núcleo Campo Grande/MS;
Membro titular do Conselho Municipal de Educação de Campo Grande; Coordenadora Adjunta do PROINFANTIL/Sergipe; Alagoas e Mato Grosso do Sul; Coordenadora do Pólo de Campo Grande do Curso de Pós Graduação em Educação infantil - MEC/UFMS.
  • Área de Projetos
    PLANEE - Planejamento e Execução de Eventos
    Rua Praia de Pituba, 24 - Campo Grande/ MS



Maria Ângela Coelho Mirault Pinto
 é Doutora (2002) e Mestre (1998) em Comunicação e Semiótica pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Especialista em Didática do Ensino Superior pela Universidade Católica Dom Bosco e Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Relações Públicas, pelas Faculdades Integradas de Comunicação e Turismo Hélio Alonso, no Rio de Janeiro.



  • Integra o Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – BASis, do INEP/MEC e atua como avaliadora de instituições da educação superior e de cursos de graduação, desde o ano de 2004.

  • Integra equipe de criação do Núcleo Regional da Aliança pela Infância do Brasil, em Mato Grosso do Sul, no ano de 2008, sob a coordenação da Dra. Ângela Costa.É autora do livro “Relações Públicas: comunicação e etendimento – horizonte ou utopia”, editado pela Editora Uniderp, 2005.
  • Atua como consultora  na área da gestão da Comunicação e Educação Organizacional e é sócia-proprietária da PLANEE – Planejamento e Execução de Eventos Ltda, em Campo Grande, MS .

  • Iniciou sua vida profissional e docente como professora primária da Rede Oficial de Ensino da cidade do Rio de Janeiro, no período de 1968 a 1976; foi aluna do professor Lauro de Oliveira Lima, no curso de especialização de professor piagetiano,  radicando-se em Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul, em 1984, dedicando-se à direção de um estabelecimento de ensino fundamental, na condição de sócia-proprietária da EDEPI – Escola de Desenvolvimento da Personalidade Infantil.
  • Criadora do informativo da OMEP-BRASIL/MS, fez parte da diretoria de sua primeira gestão.
  • Na capital do Estado, atuou na esfera pública, empresarial e no terceiro setor.
  • Ingressou na vida acadêmica no ano de 1992, como docente do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
  • Implantou e coordenou (1994-2002) o curso de Comunicação Social e as habilitações em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas, na Universidade Católica Dom Bosco, na cidade de Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul.
  • Autora do projeto que criou o programa semanal Reverso da Mídia, cujo enfoque era o de promover o debate com relação aos conteúdos informacionais difundidos pela mídia, produziu-o e apresentou-o, pela TV-UCDB da Universidade Católica Dom Bosco, com difusão no Estado pelo sistema de tevê a cabo, no período entre fevereiro de 1999 a fevereiro de 2001, na cidade Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

  • Atuou, ainda, na Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – UNIDERP  (2002 – 2005) desenvolvendo as seguintes atividades: (1) em nível de pós-graduação, na condição de professora-colaboradora, integrou o corpo docente do Curso de Mestrado em Produção e Gestão Agroindustrial, além de ministrar aulas no curso de Especialização em Comunicação Empresarial; (2) na graduação, foi responsável pelo módulo Laboratório de Comunicação, no curso de Psicologia e, posteriormente, coordenou o Curso de Comunicação Social-habilitação em Publicidade e Propaganda (julho de 2004 a junho 2005); (3) em nível de assessoramento, integrou equipe do Núcleo de Projetos Especiais – NUPE responsável pela elaboração e acompanhamento de projetos de autorização, reconhecimento e avaliação dos cursos de Graduação e (4) foi responsável pela coordenação da publicação semestral da revista PROSA UNIDERP – Cultura e Arte (até 2004-1).

 CONTATO:
Rua Praia de Pituba, 24 – Jd. Autonomista – 79022-491 – Campo                Grande/MS - Telefones: (67) 3326-2148  - 9248-7006

 
  • Área de Finanças
Alexsandra de Oliveira
Especialista em Som e Imagem e jornalista.

  • Área de Marketing
Dr. Fernando Coelho Mirault Pinto
Especialista em Comunicação e Marketing, relações públicas, advogado e publicitário. Professor universitário e empresário na área da Comunicação e Marketing

  • Área de projetos arquitetônicos & construção
           COSTARQ Arquitetura Ltda
            Rua Itacuru, 98 - Campo Grande/ MS
  • Arquiteto Celso Costa
  • Arquiteto André Costa
  • Arquiteto Luís Eduardo Costa
  • Arquiteto Celso Costa Filho

MVL Construção & Ambiente Arquitetônico
Rua Prof. Andrade Muricy, 151 - Rio de Janeiro/ RJ
  • Arquiteto Marcos Vieira Lopes
  • Arquiteta Fabiana Guaranho
  • Área de Educação ambiental

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

SERVIÇOS


  • Consultoria e Assessoria aos sistemas municipais de educação;
  • Assessoria à Comissões de Educação de Câmaras Municipais;
  • Projeto arquitetônico de creche e pré-escolas;
  • Projetos Pedagógicos de creches e pré-escolas;
  • Seleção e formação de profissionais para atuarem em creches e pré-escolas;
  • Palestras informativas para profissionais da área de Educação Infantil.
  • Palestras  informativas para pais.

SEMINÁRIOS E WORKSHOP

Propiciam a ampliação dos conhecimentos e reciclagem em assuntos relacionados aos problemas do cotidiano, identificados pela instituição ou pesquisas periódicas realizada pela EDUCARE junto ao público interno.
Podem ser realizados 12 seminários durante o ano letivo.


 WORKSHOPS


EMPRESARIAL


- Terapia floral para o ambiente de tabalho - através de dinâmicas de grupo e da utilização de terapia floral individual ou para ambiente os profissionais aprenderão a harmonizar o local de trabalho podendo influir positivamente no clima organizacional.


- Educação ambiental - a política dos 3 R´s no campo empresarial. Aprendendo a REDUZIR custos, REUTILIZAR  materiais e RECICLAR o resíduo sólido da empresa e a importância de tornar-se ambientalmente correta nos dias atuais.


- Auto-maquiagem e imagem pessoal - a imagem pessoal influenciando a imagem da empresa. Cores, apresentação, simetria e geometria do rosto, preparação pessoal de acordo com eventos e horários.




SOCIAL


- Maternagem na atualidade - apredendo a ser mãe, gravidez e trabalho, a importância do pai durante a gravidez e os primeiros meses de vida do bebê, a importância do apoio familiar, cuidados com o bebê, pediatria, florais para a família, educação do bebê,  estímulos e respostas.


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PALESTRAS

A EDUCARE desenvolve com excelência, palestras em todo o Brasil. Com duração de 2 horas, objetivando discutir TEMAS atualizados para profissionais e ou pais, de acordo com as necessidades apontadas pela instituição.

Identidade Escolar e o Projeto Político Pedagógico
A Educação e a Mídia 
Educação para o consumo consciente
Infância: condição de ser criança
Pedagogia Ecológica: o caminho de uma educação para um mundo sustentável
A cultura da Paz
A família dentro da escola
O afeto na educação
Professor: uma profissão
O papel do professor mediador da aprendizagem
O papel do coordenador pedagógico
O processo de avaliação mediadora
Letramento e Alfabetização
A importância dos jogos e brincadeiras na educação
As múltiplas linguagens
Uso de dinâmicas de grupo em sala de aula;
Marketing pessoal
Marketing em Educação    
Trabalhando com projetos
A ética da disciplina na infância
Clima organizacional
A estética do ambiente escolar